A primeira revolução que permitiu a popularização da fotografia veio por meio de George Eastman, o fundador da Kodak, que com a câmera Brownie criou um produto que tornou a fotografia acessível a qualquer um, deixando de ser um hobbie para químicos amadores (como era o próprio Eastman). Até aí não havia varejo, e o consumidor trabalhava direto com a Kodak: compre sua câmera com cem fotos, mande para a Kodak revelar e receba uma câmera recarregada para continuar fotografando. Nascia o mundo dos grandes laboratórios centrais.
A segunda revolução foi o nascimento da fotografia a cores. Quanta emoção e explosão de crescimento! A terceira revolução foi o nascimento do minilab, na década de 80, que permitiu aos consumidores ter suas revelações em uma hora, e não mais em uma semana ou alguns dias. Essa revolução desestruturou completamente o varejo fotográfico como nós o conhecíamos. Grandes laboratórios centrais (quem se lembra do Curt? Procolor?) fecharam, muitos pequenos se tornaram grandes. Uma época de ouro na qual se ganhou muito dinheiro com a fotografia.
A quarta revolução, que estamos vivendo, é a do universo digital. Exigiu (e exige) uma mudança no modo de operar e um diferente perfil de fotógrafo. Muita gente quebrou ou segura para não cair. Os mais competentes e adaptáveis, não necessariamente os maiores ou com mais recursos, cresceram e ganharam dinheiro. Uma seleção natural, digna de Darwin.
As próximas revoluções são menores, mas dignas de nota. Os quiosques vieram para acelerar, e já não é mais necessário esperar uma hora: é possível imprimir fotos em segundos. Já é uma realidade e mostram sucesso incontestável no mundo inteiro. Foram, nos últimos anos, os motores de crescimento da impressão fotográfica. O laboratório a seco pode se consolidar também como uma revolução pelos fatos de ocupar pouco espaço e ter baixo consumo de energia, além de baixos índices de eliminação de efluentes.
Caminhos atuais – A outra revolução que estamos vivendo é a dos fotoprodutos, encabeçada pelo photobook. Será que ele vai desbancar a impressão de fotos como a conhecemos hoje? O consumidor vai decidir, e o tempo dirá. O que se observa é uma corrida interessante. Alguns apostam no renascimento dos grandes laboratórios centrais, fazendo photobooks para todo mundo e comprando pesados equipamentos, oferecidos por várias marcas. Outros esperam para ver o que vai acontecer e, para não ficarem de fora, compram o serviço de terceiros (que ficam excitados e compram equipamentos mais pesados ainda). Já tem também um terceiro grupo que anda experimentando a produção de photobooks na loja. Onde será que vimos essa história antes??
Há também novos serviços despontando. Na China e na Índia a grande moda é a impressão de fotos em diversos materiais: bonés, camisetas, travesseiros, canecas, cristais, sacolas, relógios. No que você pensar, eles colocam foto. A novidade é que é tudo muito fácil de fazer e com baixo investimento.
Nada mexe mais com a emoção das pessoas do que a fotografia. Ela nunca vai morrer. Mas vai se transformar, como vem se transformando. E vai continuar cíclica: surge algo novo oferecido por uns poucos e a coisa se centraliza; logo depois todo mundo passa a oferecer e os negócios centralizados definham. Escolha em que momento do processo você quer entrar e com que perfil de risco. Só não vale mesmo é ficar de fora!
Entenda que na demanda digital, as mudanças são instantâneas. Procure se atualizar fazendo novos cursos, participando de congressos e seminários.
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